28/10/2019
Eu nunca entendi bem este negócio de dificuldade de parar de
fumar... parar de usar isto ou aquilo... Talvez seja culpa minha ser diferente;
mas realmente nunca entendi.
Fumei durante algum tempo, principalmente adolescência e
início da idade adulta; para mim, fumar era algo como um estilo de vida... não
sei se vocês entendem, mas... tocava uma música legal... acendia um cigarro;
estava em um momento bacana... acendia um cigarro; a coisa ficava tensa...
acendia um cigarro. Enfim, como o “Gangnam stile” do Psy... era o cigarro “stile”.
E Eu curtia tudo em fumar... curtia inclusive a falta... sim
a falta! Como era gostoso aquela vontade de fumar de manhã ao acordar, Eu
chegava a prolonga-la, negando a satisfação por um tempo maior; e no colégio...
que delícia aqueles momentos finais da aula antes do recreio, onde a vontade de
fumar era crescente a cada minuto, até enfim... a sirene... e descer para
acender aquele cigarrinho no recreio... delícia!
Mas... tudo tem sua época; e... passou. Decidi que ia mudar
meu “stile” e fumar não fazia parte do meu novo Eu. Então PAREI. Parei mesmo!!!
Se senti falta do cigarro???... Claro que senti! Mas também senti falta da
minha primeira mulher quando me separei dela; da mesma forma senti falta da
segunda mulher quando também me separei. Enfim, senti falta; mas continuei
vivendo do jeito “stile” que Eu queria viver e nem por isso voltei para ele,
cigarro... nem para elas.
Não é para vocês ficarem pensando que Eu sou um cara de
muitas mulheres. NÃO SOU! Foi só um exemplo... já levei muito “´pé na bunda” também.
O abandono e o abandonar pertencem ao viver. Abandonar hábitos, comportamentos,
relacionamentos nocivos é um ato de coragem e sabedoria.
Fumei... vivi, determinada situação... enquanto vinha de
encontro ao “stile” de vida que Eu queria ter. Mas a vida é dinâmica... a roda
gira, os tempos mudam e estamos sempre nos reinventando. Na teoria da Evolução,
proposta por Darwin, o indivíduo que sobrevive não necessariamente é o mais
forte; e sim aquele que tem maior capacidade
de se adaptar ao meio (ou... ao novo)
Só para informação... parei de fumar há bem mais de 10 anos;
minha filha tem 12 anos... foi bem antes de ela nascer...
ALBERTO OLIVEIRA
* 28/10/2019
#AlbertoOliveira #AO
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